A questão é sem dúvida acintosa e divertida. Principalmente quando interpretada a contrario. Não é, no entanto, susceptível de reflexão séria.
Se por um lado a religião é um elemento caracterizador de um povo e invariavelmente de um Estado. Por outro, para o desempenho económico e social de um país concorrem variados factores, extensamente explicados, p.e., no livro A Riqueza e a Pobreza das Nações. Como a geografia, meteorologia e até a geologia. Citando alguns.
Mas mesmo que, erradamente, individualizássemos o elemento religião. Também não poderíamos chegar, com rigor a essa conclusão. Isto porque o grupo populacional que se considera Apostólico Romano em França, Alemanha, Polónia e Holanda, é, respectivamente de 89, 34, 89 e 30 por cento. Sendo em todos estes casos o grupo em maior número.
A questão deveria ser porque estão, na zona euro, os países mediterrânicos a sofrer downgrades? Porque, para além de todos os circunstancialismos que nos ensina aquele livro, são países com forte natureza social.
E comprovadamente, os Socialistas portugueses, gregos e espanhóis não compreenderam a distinção entre Estado de Assistência Social - Um Estado que auxilia em situações pontuais e imprevisíveis. De um Estado Social Permanente – Baseado no subsidio como regra e sem fiscalização. Permitindo injustiças e a falência do sistema.
Se destes Estados se exige um rigoroso controlo orçamental, pelas despesas em que incorrem. Certo é que, pelo contrário, aumentaram a despesa e o endividamento externo, crentes, talvez, num plafound infinito.
Puseram-se a jeito. Sofreram downgrades.
Agora, o Estado Social está falido. E logo no momento em que os seus cidadãos mais precisavam.
Resta-nos a Igreja e as demais comunidades religiosas, que nos limites das suas capacidades – veja-se a Dioceses de Setúbal - prestam assistência social às populações. E sem cobrar impostos.
Mc 12, 13-17
Em seguida, enviaram-lhe alguns fariseus e partidários de Herodes, a fim de o apanharem em alguma palavra. Aproximando-se, disseram-lhe: «Mestre, sabemos que és sincero, que não te deixas influenciar por ninguém, porque não olhas à condição das pessoas mas ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade. Diz-nos, pois: é lícito ou não pagar tributo a César? Devemos pagar ou não?» Jesus, conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu: «Porque me tentais? Trazei-me um denário para Eu ver.» Trouxeram-lho e Ele perguntou: «De quem é esta imagem e a inscrição?» Responderam: «De César.» Jesus disse: «Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» E ficaram admirados com Ele.
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