terça-feira, 26 de julho de 2011

O silêncio é de ouro

Tavares Moreira desanca aqui alguns banqueiros ainda no activo, por causa da reivindicação recente de pagamento de dívidas do Estado à banca.

Até onde alcança o senso de quem não conhece o meio, Tavares acerta-as todas na mouche.

Eu sou do tempo - e não, não me aborreçam, não me refiro ao tempo da Velha Senhora - em que certas categorias profissionais não vinham para a praça pública agitar as águas. Uma dessas categorias, notável pela sua discrição, era precisamente a dos banqueiros: o peso das palavras não é o mesmo para todas as pessoas, porque o que alguns dizem tem consequências que os deveriam levar a exercitar a difícil arte de estar calado.

Se quiserem manifestar opiniões que abalem uma confiança que já está por demais abalada, Senhores banqueiros, façam-nos um favor: demitam-se dos vossos lugares e, no gozo merecido ou imerecido das vossas douradas reformas, venham queixar-se da situação que ajudaram a criar.

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