quarta-feira, 20 de julho de 2011
Comédia trágica
O que é verdadeiramente paradoxal na crise da dívida soberana é que a tentativa da sua superação se faz pela implementação de medidas socialistas, com as quais se alimentam instituições capitalistas; e que tais medidas socialistas (baseadas em princípios de distribuição progressiva do esforço) tendem a abrir caminho sociedades convictamente liberais e assimétricas, até ao momento em que seja necessário voltar a emprestar dinheiro a quase todos para expandir a capacidade especulativa de alguns. O que é que se retira de tudo isto? Que a retórica "moral" está sempre do lado de quem financia.
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