José Manuel Pureza escreveu um texto no dialecto da tribo a que pertence (uma das que constituem a Grande Nação da Esquerda), conhecida pelos seus estranhos rituais que envolvem mistura de água e azeite ("água" no dialecto da tribo, o Lunatiquês, significa "igualdade económica" e "azeite" quer dizer "liberdade").
A benefício de quem tem dificuldades na compreensão do dialecto, repesco algumas das frases que representam as ideias-força do artigo (em itálico), traduzindo-as para Português:
... os programas de austeridade não serão beliscados.
O Conselho quer que os países devedores paguem o que devem.
...as privatizações baratas dos bens comuns se mantêm como receita.
As privatizações baratas não se devem fazer porque são malbaratação de bens públicos; e, se forem caras, também não porque são transferência de recursos para os privados.
Emagrecer a parte da economia que se relaciona com a grande maioria das pessoas e engordar até à obesidade mórbida os que mais têm.
Retirar o Estado de onde não deve estar e aceitar que nem sempre há pobres por causa de haver ricos.
Bruxelas insiste em segmentar uma crise que é europeia e não de cada país.
Bruxelas insiste em penalizar países que se deixaram chegar a níveis de endividamento incomportáveis pela economia que têm.
À Esquerda cabe desmontar o engodo nacionalista.
À Esquerda cabe transformar Portugal no Arkansas da Europa. (Nota do tradutor: o Arkansas é um estado americano famoso pelo tamanho das melancias que produz, razão pela qual, dos estados americanos pobres, é o que mais se aproxima do que o autor quer dizer. Se porém houvesse um estado famoso pelos melões, seria esse o indicado: o Lunatiquês, com efeito, põe-nos a cabeça como melões).
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