Há problemas locais. Devem ser resolvidos pelas Autarquias.
Há problemas nacionais. Devem ser resolvidos pelos Estados.
Até aqui julgo que todos estamos de acordo.
Há problemas regionais e problemas mundiais. Há diversas formas de os resolver... desde a mera cooperação diplomática até à criação do Governo Mundial antecipado e desejado por Habermas.
A diferença de opiniões neste domínio é patente...
Pela minha parte, creio que a União Europeia é, de longe, o mais bem sucedido processo de integração regional. E é absolutamente essencial: Porque é o garante da paz no nosso continente. Porque é o garante de que a Europa tem uma palavra no mundo. Porque é o garante da preservação do modelo económico-social europeu.
Mas enfrenta dois desafios: (i) Por um lado, tem de se dotar da organização e estrutura política que lhe permita competir de igual para igual com chineses, norte-americanos, indianos, russos...; (ii) Por outro lado, tem de acabar com o défice democrático e os titulares dos seus órgãos devem passar a ser eleitos directamente pelos diferentes povos europeus.
Vamos ver se é capaz de ultrapassar tais desafios. Com políticos como Merkel e Sarkozy, mais preocupados com o seu umbigo, duvido. Com políticos como Passos Coelho ou Berlusconi, de quem não partiu ainda uma única palavra sobre o projecto europeu, não vamos lá.
O desafio da União Europeia é, cada vez mais, infelizmente, um desafio (apenas) dos socialistas europeus.
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