quarta-feira, 20 de julho de 2011
A Batalha de Azincourt
A 25 de Outubro de 1415, dia de S. Crispim, travou-se a Batalha de Agincourt, opondo as forças de Henrique V e Carlos VI (este último in absentia, por doença), um episódio da Guerra dos Cem Anos que Shakespeare imortalizou.
Um novo estudo conclui que "France may have lost the battle of Agincourt because their soldiers’ armour was so heavy it left them breathless".
A tese, parece, não é nova, mas para a polémica dou nada, que a extensão da minha ignorância no assunto é considerável.
Está em curso na Europa uma outra guerra, entre aqueles países que mantiveram as suas dívidas (pública e externa) dentro dos limites que as suas economias permitiam, e os que gastaram como se não houvesse amanhã e são agora presa de quem lhes continua a emprestar com risco acrescido - e por isso quer um prémio de agiotagem.
Esta guerra não vai durar tanto tempo, vamos ver-lhe o desenlace um ano destes. E a solução que se desenha, para evitar a batalha, consiste em as armaduras dos soldados potencialmente perdedores se aligeirarem de metade do peso, que vai recair nos corpos ágeis dos destinados à vitória, após o que cairão nos braços uns dos outros cantando hossanas, possivelmente a Mr. Barrôsô, Mr. Van Rompuy ou outro deus qualquer do Olimpo que pagamos a peso de ouro.
Gente boa e de boa-fé acredita que isto tem pernas para andar. A fé remove montanhas, mas não remove a lógica nem o senso comum - mesmo que o senso comum seja hoje bastante incomum.
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