segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MUDÁMOS

Hoje é um novo dia para o nosso Blogue.

Depois de muito tempo no Blogger, fomos aliciados pelos senhores do SAPO e mudámos.
Vamos mudar não só de nome - passamos a SENATUS - como de endereço.

Poderá encontrar-nos AQUI - http://www.senatus.blogs.sapo.pt/

Aguardamos a vossa visita na nossa nova casa

Até já.

Quase a mudar

E foi assim que nos aliciaram...

O Governo do táxi

João Pinto e Castro sai-se aqui com uma boutade:

"Em Inglaterra, as pessoas mais capazes de governar o país estão infelizmente demasiado ocupadas a conduzir táxis.

Em Portugal, as pessoas mais capazes de conduzir táxis estão infelizmente demasiado ocupadas a governar o país."

Prima facie, é um feliz jogo de palavras. Porém, numa segunda leitura, perguntamo-nos por que razão os motoristas de táxi ingleses são mais competentes que os colegas portugueses para efeitos de governar: serão de esquerda? Ah, deve ser isso.

Quase de partida...

Isto merece aplausos de pé

A dívida norte-americana resulta de três factores: as guerras no Iraque e no Afeganistão, os gigantescos bailouts pagos para evitar o descalabro do sistema financeiro após a falência do Lehmann Brothers e o facto de as maiores empresas norte-americanas pagarem cada vez menos impostos desde os anos 70.
O capitalismo financeiro criou a crise que os Estados têm de pagar, impondo políticas de austeridade que os seus cidadãos não vão aceitar indefinidamente. E a austeridade torna impossível o crescimento que resolveria tudo mas está reduzido a uma palavra mágica sem sentido.
A conclusão da história é que a desregulação da economia que começou há três décadas conduziu-nos a um beco sem saída.
Editorial do Público

Mais uma Pérola do DN

Depois deste erro na Edição online que foi corrigido, o DN brinda-nos com mais, não um mas seis erros no mesmo quadro.
Conseguem descobrir?

Solidariedade inter-geracional.

Na sexta feira à hora de almoço, tive o desconcerto de ouvir na rádio o programa "Portugal em Directo" (Antena 1).

Um jornalista entevistou dois "jovens"- a Rita e o Fábio - que, ao que parece, são agricultores e, nesta fase do ano, vendem melões numa estrada a caminho de Beja.

Pertencem, digo eu, à categoria dos "Indignados", senão vejamos as palavras do Fábio :
"Agora estas pessoas mais idosas que andam aqui vendendo ganham a reforma, vêm para aqui vender que é para estragar o negócio à malta nova. É que é mesmo assim (...) isto é mais um extra para eles, mas para a gente não é extra nenhum, porque a gente não ganha rendimento, o [subsídio de] desemprego está a acabar e não há emprego...". (NB- vale a pena ouvir a peça completa)

Portanto, segundo percebo, estes "idosos" são uns malvados, endinheirados graças às suas reformas, mas que se dispôem a estar ao sol à beira da estrada a vender melões, só para fazer concorrência danosa a estes "jovens" que estão a beneficiar do subsídio de desemprego.

Realmente, não há direito. Estou indignada!

domingo, 7 de agosto de 2011

A desigualdade perante a Lei

A notícia é curta, demasiado curta - gostava de saber mais.

Mas parece que a prática é generalizada e conhecida. E a solução claramente insuficiente. Porque "informando, sensibilizando, trabalhando na prevenção" só faz sentido se a prevenção incluir uma dimensão criminal.

A mutilação genital feminina é um crime. E se formos pelo caminho da compreensão (tout comprendre c'est tout pardonner) e da tolerância, respeito pelas diferenças culturais e toda a parafernália do multiculturalismo - vamos mal.

O grito do Ipiranga

Fundos para o Norte, Centro e Alentejo gastos em Lisboa

Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo: Logo que o Continente se torne independente da Madeira, convinha pensar em tornar o Norte independente de Lisboa.

Falstaff II

O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, garantiu hoje que o PSD-M será sempre "sá carneirista" e recusou-se a responder a “garotices” quando confrontado com as declarações de Pedro Passos Coelho numa entrevista à SIC.

Alberto João não é conhecido por arrotar e coçar-se em público. Mas devia: se pode exprimir-se com impunidade e sucesso da forma como o faz, porque se contém?

O limpador de janelas

Durante o segundo comício em plena época de férias, em Armação de Pêra, integrado na iniciativa "Portugal não tem solução?", Francisco Louçã referiu que "o Governo está a estudar a ideia para os desempregados terem de vir a trabalhar gratuitamente no sector privado, ou seja, poderem vir a limpar o chão numa empresa".

O Governo estará a estudar, a medida será tomada ou não e, se o for, será assim ou de outra maneira.

Entretanto, Louçã está equivocado: um trabalhador que recebe subsídio de desemprego não está a beneficiar do rendimento dos descontos sobre o salário que efectuou enquanto activo: está a ser pago por impostos que outros trabalhadores suportam - e logo não está a trabalhar, se for obrigado a trabalhar, gratuitamente. Isto porque os descontos, que teoricamente se destinam a assegurar a reforma, a assistência na doença e o subsídio de desemprego - não chegam. E não chegam por causa da evolução demográfica, do crescimento anémico da economia e da componente solidária redistributiva do sistema, que levou a que, por exemplo, fossem concedidos direitos a quem não tinha uma história contributiva.

Podemos pensar o que quisermos sobre o que seja o melhor sistema. Mas não podemos construir raciocínios sobre falsificações da realidade - ela, a realidade, tem uma teimosa mania de ter razão.

Finalmente, Louçã encara com horror a perspectiva de alguém "limpar o chão numa empresa". Não se amofine, excelente Louçã: se o caso fosse consigo estou certo que, dada a sua altura, o poriam antes a limpar as janelas.

Guerra às Limonadas (A ASAE Americana)

O Post infra do meu companheiro de Blog, JMG, fez-me lembrar uma cena do espisódio da série "Family Guy" que aqui partilho:

ASAE Americana

Neste mapa dos E.U.A. (roubado daqui) as 24 setas vermelhas indicam cidades nas quais as autoridades encerraram bancas de miúdos a vender limonada, de 1990 até agora; as 4 amarelas, cidades onde os miúdos podem operar, com licença das autoridades; e as 2 verdes aquelas onde os miúdos podem montar uma banca de limonadas sem qualquer licença.
Quando foi que nas nossas sociedades, em nome de um higienismo fanático, da omnipresença do Estado, do poder de burocracias, da necessidade crescente de angariar receita pública para alimentar despesas que não cessam de crescer, se perdeu todo o senso das proporções?
É nos E.U.A., aqui na Europa é diferente. Talvez. Mas já estivemos mais longe.

sábado, 6 de agosto de 2011

PS responsabiliza Governo por mau tempo que se faz sentir no mês de Agosto.


Não sendo verdade, anda lá perto.

O PS tem um papel difícil na oposição. Porque foi Governo e porque assinou o memorando de entendimento. Talvez por isso Seguro e Maria de Belém chamaram si a oposição construtiva, de responsabilidade. Não do “bota abaixo”. Mas a demagogia impera.

Se o Governo anuncia um aumento de 10% do subsídio de desemprego para casais desempregados ou com filhos, o PS recusa que os pobres por serem pobres sejam considerados portugueses de segunda. Se o Governo nomeia um assessor. O PS critica o despesismo.

Não sou Passos Coelho. Daí relembrar o PS que as dificuldades do presente e do futuro explicam-se com os erros do passado.

O PS desconversa. Melhor seria que desconversasse sobre o tempo.

O barulho dos inocentes

João José Cardoso informa aqui que a corrupção nos serviços privados (está a falar de Misericórdias) é mais provável do que nos serviços públicos, porque estes estão submetidos a procedimentos que garantem que os fornecimentos têm a melhor relação qualidade/preço.

João José Cardoso tem um nome retintamente português - mas é selenita.

Eurocepticismo legítimo?

Possivelmente.

Publico este vídeo para que os meus companheiros do CDS se revejam, mas reservadamente.

Amorosa

Fazer mais com menos dinheiro, excepto no Ministério da Economia

O Público de hoje vem com duas notícias que, por infelicidade de paginação, não foram colocadas lado a lado.

Uma diz-nos que o «ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, nomeou dois assessores com um estatuto remuneratório equiparado a director-geral, estatuto justificado por uma dessas assessoras por se tratar de um «superministério que, além do ministro, tem seis secretarias de Estado».

A outra diz-nos que em resposta ao Comandante metropolitano do Porto da Polícia de Segurança Pública, que alertou «que falta de meios terá influência na actividade policial», o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo sentenciou que «é preciso fazer mais com menos dinheiro».

Ou seja, dois pesos, duas medidas: isto está bonito, está…

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Marcelo na aldeia

Uma pessoa em seu perfeito juízo não lê comentários on-line a artigos de jornal: são normalmente redigidos em vernáculo reles ou Português das Novas Oportunidades, pontapeiam a lógica, o senso comum e a gramática, não acrescentam nada à economia do assunto em discussão e servem de vazadouro a ódiozinhos virulentos e embirrações idiossincráticas.

Nos casos mais sofisticados, em se tratando de análise política, sai um Professor Marcelo de aldeia. Esta variedade saltou agora da caixa de comentários para o artigo de opinião. Ora vejam.

Novas práticas

Governo afasta responsável das Novas Oportunidades

“Cumpri a minha missão. Espero que o Governo arranje alguém que continue à altura”, diz Luís Capucha, que regressará agora ao ISCTE, em Lisboa, onde é professor e investigador na área da sociologia e políticas públicas.

Espero que o Governo não queira encontrar ninguém à altura - o Estado pessoa de bem não manufactura produtos falsificados.

Os abutres

Ainda me vai dar um treco, a concordar com certas pessoas.

Mas concordo. E digo mais: ainda antes do Governo, essa inutilidade loquaz que é o Banco de Portugal não poderá fazer qualquer coisa? É que escabichando nos Estatutos talvez se descubra que tem legitimidade para obrigar os bancos a comportarem-se como pessoas de bem.

O bom combate

Governo quer agravar penas para crimes de fraude fiscal.

Deus me livre de criticar as medidas - ainda corro o risco de se imaginar que defendo a evasão fiscal, credo!

Mas os milhõezinhos do BPN, não é verdade?, não desapareceram todos em menos-valias e negócios ruinosos inocentes. E, depois da nacionalização, a gestão, que não poderia ser transparente - não se gere um banco, nem nada, na praça pública - não deixou um odor de santidade, não é mesmo?

Ah é verdade, o risco sistémico e assim.

Ah é verdade, o Ministério Público investiga e assim.

Deixemos isso - fraude fiscal é que é. E depois "O secretário de Estado prometeu também uma prevenção de contencioso fiscal para evitar litigações desnecessárias com contribuintes."

Da última vez que se combateu a evasão a sério os direitos dos contribuintes foram comprimidos - o Direito que se dane, de todo o modo esses tipos da advocacia são um bando de treteiros e os contribuintes uma súcia de vigaristas, salvo prova em contrário. Desta vez não - fiquemos sossegados.