Os primeiros sinais de cegueira estratégica da política energética deste governo são preocupantes. A par da preferência por alemães e franceses para controlo da EDP, outra intenção do Governo é desblindar os estatutos da REN para esta poder ser controlada por empresas do sector energético.
Será que é respeitar as regras da «livre concorrência» quando se abre a possibilidade de uma empresa poder controlar uma infra-estrutura monopolista sobre a qual reside o seu negócio? Os neoliberais respondem que a regulação do sector irá contrariar as tentações de «captura do sistema».
Para vermos os resultados desta perspectiva de regulação na circulação livre de capitais nas estruturas empresariais, independentemente da sua origem e percentagem de controlo, temos um bom exemplo bem actual: a actual crise financeira.
Será que não se coloca em causa a segurança nacional ao dar a empresas o controle da infra-estrutura de transporte e distribuição de um bem essencial como a energia? Imaginemos o que seria uma Gazprom a controlar uma empresa como a REN ou um accionista com maioria de capital espanhol...
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