O Filipe Nunes do Jugular, que penso ser apoiante de Francisco Assis, procurou as diferenças entre este e António José Seguro e encontrou três: na relação entre o PS e a classe média, na linguagem, e na estratégia para as autárquicas.
1) Na relação entre o PS e a classe média, a diferença entre Seguro e Assis residirá no facto de o primeiro defender que o PS alargue a sua base para além dessa mesma classe média, e o segundo defende que o PS se recentre na classe média. E conclui dizendo que a ideia de Seguro é tendente a separar a classe média e as outras. Ora, há um vício no raciocínio do Filipe Nunes: congregar a classe média e as outras no PS, como defende Seguro, não só não as separa como as aproxima ideologicamente; a ideia de Assis, ao querer tornar o PS um exclusivo da classe média é que “guetiza” as restantes.
Creio que o que se pretenderá aqui é, como defende Seguro, envolver a classe média ao mesmo tempo que se alarga o campo do PS para outras realidades.
2) Na linguagem, o Filipe Nunes apenas fala de António José Seguro e omite Francisco Assis, censurando o primeiro por dizer que o PS é o partido da sensibilidade social, por entender que isso todos os outros partidos terão, e o que importa são as políticas sociais. Pois, mas a verdade é que não há acção política sem opção política, e a raiz da opção política de Seguro e do socialismo democrático é a sensibilidade social. Ainda no campo da linguagem o Filipe Nunes poderia ter referido as que Francisco Assis proferiu ao apelidar alguns militantes de “fantasmas” e ao lançar a suspeição sobre os dirigentes do PS.
Creio que o que se pretenderá no campo da linguagem é o convencimento das pessoas de que o PS é mesmo sensível às questões sociais e que, quando voltar a merecer a confiança dos portugueses, agirá de acordo com essa sensibilidade.
3) Na estratégia para as autárquicas, o Filipe Nunes não refere o entendimento de Seguro, mas diz que Assis defende a construção de coligações. Aqui há um vício lógico no pensamento de Assis: como é que consegue compatibilizar o entusiasmo com as coligações autárquicas com as eleições primárias abertas a não militantes para escolher os candidatos do PS? Teremos candidatos do PS escolhidos em primárias e depois afastados pela negociação da coligação? Teremos candidatos que anunciam que se coligam com o PCP e outros, concorrentes, que propõem coligação com o BE? Mas o principal problema lógico é o seguinte: para Assis é mau que haja militantes que só vão às secções para votar, e é bom que haja não militantes que só irão às secções para votar…
1) Na relação entre o PS e a classe média, a diferença entre Seguro e Assis residirá no facto de o primeiro defender que o PS alargue a sua base para além dessa mesma classe média, e o segundo defende que o PS se recentre na classe média. E conclui dizendo que a ideia de Seguro é tendente a separar a classe média e as outras. Ora, há um vício no raciocínio do Filipe Nunes: congregar a classe média e as outras no PS, como defende Seguro, não só não as separa como as aproxima ideologicamente; a ideia de Assis, ao querer tornar o PS um exclusivo da classe média é que “guetiza” as restantes.
Creio que o que se pretenderá aqui é, como defende Seguro, envolver a classe média ao mesmo tempo que se alarga o campo do PS para outras realidades.
2) Na linguagem, o Filipe Nunes apenas fala de António José Seguro e omite Francisco Assis, censurando o primeiro por dizer que o PS é o partido da sensibilidade social, por entender que isso todos os outros partidos terão, e o que importa são as políticas sociais. Pois, mas a verdade é que não há acção política sem opção política, e a raiz da opção política de Seguro e do socialismo democrático é a sensibilidade social. Ainda no campo da linguagem o Filipe Nunes poderia ter referido as que Francisco Assis proferiu ao apelidar alguns militantes de “fantasmas” e ao lançar a suspeição sobre os dirigentes do PS.
Creio que o que se pretenderá no campo da linguagem é o convencimento das pessoas de que o PS é mesmo sensível às questões sociais e que, quando voltar a merecer a confiança dos portugueses, agirá de acordo com essa sensibilidade.
3) Na estratégia para as autárquicas, o Filipe Nunes não refere o entendimento de Seguro, mas diz que Assis defende a construção de coligações. Aqui há um vício lógico no pensamento de Assis: como é que consegue compatibilizar o entusiasmo com as coligações autárquicas com as eleições primárias abertas a não militantes para escolher os candidatos do PS? Teremos candidatos do PS escolhidos em primárias e depois afastados pela negociação da coligação? Teremos candidatos que anunciam que se coligam com o PCP e outros, concorrentes, que propõem coligação com o BE? Mas o principal problema lógico é o seguinte: para Assis é mau que haja militantes que só vão às secções para votar, e é bom que haja não militantes que só irão às secções para votar…
Creio que o que se pretenderá no campo das eleições autárquicas é que o PS possa estar preparado com as melhores propostas e os melhores candidatos. Se houver outros partidos e movimentos de cidadãos que adiram a estas propostas e tragam ideias de melhoria, óptimo!
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