Ana Sá Lopes ensaia aqui uma atraente comparação entre a Europa actual e a dos escombros do fim da II Guerra - as comparações históricas são quase sempre estimulantes.
Havia então uma estratégia para a reconstrução. Agora não há - Ana não diz mas os Estados Unidos, aparentemente, nem sequer têm recursos para deitar a mão a si próprios. Supõe-se que o Pai dos Pobres deve encarnar na Alemanha - a História gosta de brincar connosco.
A mim quer-me parecer que não tem sido por falta de despesa pública (presumo que "um plano" é isso que quer dizer) que a Europa aterrou no conundrum em que está. Porque os níveis impressionantes de despesa pública e de défices orçamentais (ver mapa acima, despudoradamente roubado daqui) legitimam a pergunta: se alguma solução pudesse vir de acréscimos de despesa pública onde, exactamente onde, é que está o limite?
Já agora, não haverá aqui alguma indicação de que há uma correlação (ia escrever causalidade) entre dívida pública baixa e economia robusta?
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