Comparada com os problemas da Europa de então [pós-Guerra], os atuais são uma pálida insignificância. Na Alemanha ocupada, o dínamo económico do continente, o consumo de bens alimentares raiava o nível da fome e o rendimento nacional bem como a produção industrial eram pouco mais de um terço dos de uma década antes.
Cerca de 13 mil milhões de dólares foram investidos no Programa de Recuperação Europeia (nome oficial do Plano Marshall), o que se revelou indispensável para lançar as bases para o "milagre" do crescimento económico sustentado da década que se seguiu. Esse valor equivalia a cerca de 5% do PIB dos Estados Unidos, em 1948. (A soma equivalente para a UE, hoje, seria superior a 800 biliões de dólares – 552,5 biliões de euros.) Os EUA perdoram as dívidas francesas anteriores à guerra e todos subscreveram as de Berlim, alguns anos mais tarde, apesar de terem acabado de sair de uma guerra iniciada pelos alemães.
Marshall compreendeu que o real valor da ação decisiva que lançou não era quantitativo, mas psicológico. Só a confiança fornecida por uma liderança governamental poderosa, capaz de ver para além do momento presente, poderia tranquilizar os mercados. Tinha razão; o milagre económico que transformou a Europa deu-se graças a uma feliz combinação de empenho governamental no crescimento, e de investimento privado.
Os membros da classe política atual, na Europa, são herdeiros de Margaret Thatcher, não de George Marshall. Custa-lhes entender que os mercados precisam de ser salvos de si mesmos, se a Europa quiser sobreviver numa qualquer forma parecida com a atual. Esquecem-se de que a própria Alemanha viu as suas dívidas de antes da guerra canceladas, em 1953, uma condição prévia para sua expansão posterior;
Cerca de 13 mil milhões de dólares foram investidos no Programa de Recuperação Europeia (nome oficial do Plano Marshall), o que se revelou indispensável para lançar as bases para o "milagre" do crescimento económico sustentado da década que se seguiu. Esse valor equivalia a cerca de 5% do PIB dos Estados Unidos, em 1948. (A soma equivalente para a UE, hoje, seria superior a 800 biliões de dólares – 552,5 biliões de euros.) Os EUA perdoram as dívidas francesas anteriores à guerra e todos subscreveram as de Berlim, alguns anos mais tarde, apesar de terem acabado de sair de uma guerra iniciada pelos alemães.
Marshall compreendeu que o real valor da ação decisiva que lançou não era quantitativo, mas psicológico. Só a confiança fornecida por uma liderança governamental poderosa, capaz de ver para além do momento presente, poderia tranquilizar os mercados. Tinha razão; o milagre económico que transformou a Europa deu-se graças a uma feliz combinação de empenho governamental no crescimento, e de investimento privado.
Os membros da classe política atual, na Europa, são herdeiros de Margaret Thatcher, não de George Marshall. Custa-lhes entender que os mercados precisam de ser salvos de si mesmos, se a Europa quiser sobreviver numa qualquer forma parecida com a atual. Esquecem-se de que a própria Alemanha viu as suas dívidas de antes da guerra canceladas, em 1953, uma condição prévia para sua expansão posterior;
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