Faz tempo que discordo da esmagadora maioria dos meus concidadãos: Há três décadas que trocam votos por benefícios que a economia não comporta, com um ou outro sobressalto; e, depois de malbaratada a cornucópia dos milhões que resultaram da troca de soberania por europeísmo, continuaram com o negócio, à boleia de aumentos de impostos e endividamento.
Recentemente, emendaram parcialmente a mão; e parecem resignados a pagar, com juros e multa, as ilusões, por não terem outro remédio.
Seja, eu também pago a minha parte, como me compete, embora não tenha sido nem seja europeísta, nem favorável ao Euro, nem socialista (salvo em 1974 e 75, mas também tinha acne) em nenhuma declinação, seja ela colectivista ou redistributiva.
Mas uma coisa é ser obrigado pelos deveres que resultam de pertencer a uma colectividade que comete erros por ter o direito de os cometer, segundo regras com as quais aliás concordo; e outra é pagar pelos abusos de cidadãos perfeitamente identificados.
Esta notícia reza, a certo ponto, assim: Contactada pela Lusa, a advogada de Fernando Charrua, Elizabeth Fernandez, afirmou lamentar «ter de ser o Estado, ou seja, todos nós e não os autores da situação, como requerido, a pagar a indemnização.»
Não podia estar mais de acordo com esta Senhora Advogada.
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