Há três formas de um partido se abrir à sociedade.
A primeira foi ensaiada em Portugal, pela primeira vez, pelo Eng. António Guterres e os seus Estados Gerais. De acordo com este modelo, cria-se um fórum exterior ao partido onde dirigentes partidários e independentes se reúnem para debater o País e propor políticas. Esta solução teve a enorme vantagem de trazer para a política diversas personalidades que até então se encontravam apartadas deste sector. Mas teve o inconveniente de criar a ideia de que os militantes são todos de baixa qualidade e os independentes são fantásticos.
A segunda é proposta por Francisco Assis. De acordo com este modelo, os meros simpatizantes de um partido passariam a poder participar nos debates internos e nas eleições para os diferentes cargos partidários. Esta solução tem a vantagem de envolver todos os interessados nos diversos actos eleitorais, mas tem a desvantagem de tornar irrelevante ser-se militante de qualquer partido, o que inevitavelmente teria efeitos devastadores para os partidos.
A terceira é avançada por António José Seguro. Passa por criar uma estrutura dentro do partido, em que podem participar militantes e independentes, para discutir e apresentar propostas. É o Laboratório de Ideias. E passa ainda por atrair esses independentes para o partido. Esta é, de longe, a solução que prefiro, pois congrega as vantagens das anteriores sem ter as suas desvantagens e estou certo de que a sua implementação no Partido Socialista será um sucesso.
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