Conheci um famoso argentário local que fez uma sociedade com um amigo, para construir uma fábrica. Eram os anos 60, ganhava-se muito dinheiro com fábricas - outros tempos. Os bancos, para financiarem, exigiam avales pessoais aos sócios: já então se achava normal que quem vendesse bens ou serviços corresse riscos, mas as "instituições" (os bancos designam-se por instituições, não empresas, que horror!) limitassem os riscos ao mínimo. O sócio rico, para avalizar, exigia juros ao sócio pobre, à parte do serviço da dívida da própria empresa, que esta assegurava.
Tratava-se de justa recompensa, porque as duas assinaturas não tinham o mesmo valor - diziam uns; tratava-se de agiotagem, porque os lucros se dividiriam na proporção das quotas - diziam outros.
Lembrei-me desta história por causa desta notícia.
Isto é tudo muito complicado.
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