É este o título de uma notícia do ionline de hoje, a propósito dos planos de recuperação instituídos no Estatuto de Aluno, para os casos de alunos com excesso de faltas injustificadas.
Várias coisas se me oferecem dizer sobre o conteúdo do dito artigo e a matéria de que trata:
- O texto sugere que, muito mais eficazes, são as medidas de prevenção. Claro. Como não concordar? Mas, como há que dar resposta a todos os alunos que andam pela escola, há também que pensar em estratégias de remediação para aqueles que já têm o problema.
- Segundo o artigo, esta estratégia não resultou. Não resultou em absoluto? Não resultou vs quais medidas alternativas? Não resultou em todos os contextos? É um problema de custo-benefício?...
- E que outras possibilidades haveria para lidar com este problema? Porque, para além daquela que o i aborda -"O que a lei diz é que é preciso esperar que o aluno tenha 15 anos e o 6.o ano completo para poder seguir a via profissional. Até lá, o aluno fica na escola, a repetir os anos e a ganhar aversão às aulas.", e que eu subscrevo, constando aliás do Programa do CDS - há uma outra, bem mais relevante que é a autonomia da escola. Porque, há escolas em que estas medidas podem funcionar e outras em que não e não deveria ser feita "tábua rasa"...
- O que nos trás à Avaliação. Está em curso uma avaliação desta medida que (que, espero, se conclua, e seja quantitativa e pública). Escolher algumas escolas e fazer uma leitura impressionista, procurando extrapolar uma globalidade de resultados é, a meu ver, uma prática má e misleading.
Portanto eu, que até conheço esta realidade e, confesso aqui, nem sou fã desta medida, fico "desinformada". É que deitar abaixo é sempre fácil. Sobretudo sem apresentar dados objectivos, comparações com o passado e, sobretudo, sugestões de melhoria.
Confesso-me farta desta atitude em que está tudo mal, mas há pouco esforço, rigor e criatividade para fazer as coisas resultar bem. Embora me pareça que seja justamente este o produto do sistema de educação que tanto criticamos.
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