Depois de ter estado hibernado durante 6 anos, o deputado António José Seguro, acordou para se mostrar
"profundamente chocado" com a decisão do governo de criar um imposto extraordinário que revela
"uma enorme insensibilidade social".
Será que algum dos deputados socialistas lhe pode explicar o estado calamitoso em que o governo do PS de José Sócrates deixou o país?
António José Seguro não esteve em hibernação. Que as suas palavras, mediaticamente entaladas entre o discurso de Sócrates e o de Leite/Passos Coelho, não tivessem uma repercussão pública elevada, é certo.
ResponderEliminarMas, sem referir as suas crónicas do Expresso, agora editadas em livro, lembremo-nos por exemplo do seu trabalho na reforma do parlamento ou mesmo da sua votação solitária contra a lei de financiamento dos partidos.
No último ano e meio, não existiu por parte do AJS uma crítica forte às medidas de austeridade apresentadas pelo governo de José Sócrates (PEC I, PEC II e apresentação do orçamento de estado para 2011) e constantemente não cumpridas.
ResponderEliminarIsto não invalida, que tenha estado envolvido noutras actividades parlamentares de mérito. No entanto, considero, que perdeu uma clara oportunidade de se distanciar de um modo construtivo do governo de José Sócrates e aparecer nessa altura (não agora) como uma alternativa credível dentro do PS.
A verdade é que o Passos Coelho declarou à comunicação social que, se fossem necessárias medidas adicionais (o que ele próprio considerava provável), haveria um aumento dos impostos sobre o consumo e não dos impostos sobre o rendimento. Agora fez o que fez... Perante tal desnorte, para não lhe chamar outra coisa, como não ficar chocado?
ResponderEliminar