sexta-feira, 3 de junho de 2011

As razões do (meu) voto

Porque votar? Porquê votar em determinado partido? Porquê não votar no partido que merece?

Ouvia ontem na TSF, num programa que pretende estar à margem da campanha dos partidos, uma senhora dizer que todas as pessoas deveriam ir votar, e quem não fosse deveria levar uma multa. Muito resumidamente também entendo que o voto é capaz de ser o principal dever de uma democracia, cabendo ao Estado o ónus de pugnar pela sua obrigatoriedade. Não gostam do regime, votem em branco, não gostam dos 17 (?!?!) partidos que se apresentam a eleições, criem um novo, sentem-se chateados por terem de ir votar, puxem pela imaginação e escrevam no boletim de voto aquilo que lhes vai na alma. No meu entendimento a participação eleitoral não é um direito é um dever, assim, se mais razões não existissem, esta deveria ser suficiente para toda a gente ir votar e expressar a sua vontade do modo que entender mais conveniente (até com uma prosa engraçada para os senhores das mesas de voto se divertirem no final de um longo dia)…

Eu voto! E voto no CDS… Nem sempre votei no CDS, por vezes votei mesmo contra o CDS. O meu voto não é de ninguém independentemente da minha filiação partidária. A expressão da minha vontade deve traduzir apenas aquilo que, em determinado momento, eu entendo que o país precisa. Neste momento o país precisa de definição, não precisa de um mal menor. Não vou fazer um apelo para os votantes do PSD votarem no CDS, faço apenas o apelo para que votem em consciência. Eu sinto, e essa convicção neste momento é profunda, que não há nenhum outro partido, nem mesmo nenhum outro presidente de partido, que esteja tão bem preparado para contribuir para o exigente governo do país que se adivinha nos próximos anos. Não quero dizer que o Passos Coelho ou o PSD (por razões de decoro não me refiro sequer ao PS ou ao “Inginheiro”) são piores que o Portas, quero apenas dizer que, neste momento, o CDS é melhor, está melhor e merece mais a confiança dos eleitores.

Dito isto importa fazer um último apelo, não votem por medo, não votem por calculismo, não votem no mal menor. Se acham que o CDS é melhor, votem no CDS… Se entendem que o PSD é melhor, votem no PSD. Não deixem, no entanto, de o fazer em consciência. O voto útil é aquele que serve para expressar a nossa vontade, todos os outros são concessões ao medo que, em democracia, não deve imperar.

Bom final de campanha e bom dia de reflexão!

2 comentários:

  1. Devias obrigar o DPV a ler o último parágrafo!!!
    Abraço,
    AEP

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  2. A mim ninguem me obriga a nada.
    Dá-se o caso que li.
    continuo na minha.
    Cada um com a sua.
    abraço
    DPV

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