Parece que sim. Há dois anos e meio Maria José Nogueira Pinto assegurava que os “velhotes” “não precisam de 80 euros para ir beber cervejas, para ir comer doces, que são diabéticos e ficam doentes, para serem roubados pelos filhos”. Agora é Fernando Negrão que nos explica que “existem agregados que não sabem gerir as suas finanças e no dia seguinte a receber o apoio vão gastar tudo”.
Mas os pobres mantêm ainda assim algumas diferenças face à AIG: o Governo PPD/PP pretende instituir o tributo solidário, oferecendo mão-de-obra gratuita ao já tão dependente de subsídios estatais terceiro sector. Nesta linha de pensamento do Governo, ficamos todos a aguardar pelo tributo solidário a que ficará sujeito o nosso sector financeiro pelo recurso à garantia do Estado nas suas operações de financiamento…
Não ponho em causa que os beneficiários de subsídios do sistema não contributivo (i.e. que não “descontaram” para protecção contra o risco em causa) devam retribuir o apoio que lhes é dado. Mas acredito que a melhor retribuição é – depois da obtenção de formação profissional útil – o pagamento de impostos para a comunidade.
Assume assim cada vez mais importância, num mundo globalizado e cada vez mais sujeito ao totalitarismo financista, o investimento nos cidadãos garantindo que cada criança tem igualdade de oportunidades no acesso à Saúde e à Educação para que cresça plena de cidadania e empreendedorismo.
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