quarta-feira, 22 de junho de 2011

Passos Coelho tinha razão

Passos Coelho avisara na véspera: a não eleição de Fernando Nobre como Presidente da Assembleia da República impediria que um "verdadeiro independente" assumisse o cargo.

Não se estaria era à espera que Assunção Esteves, logo no seu primeiro discurso como titular do segundo mais elevado cargo da Nação, o viesse a confirmar de forma tão peremptória: sentia "alegria cristã", disse ela logo depois de tomar posse.

Como católico, fico sempre desconfiado quando há referências religiosas em discursos políticos: nunca me soam verdadeiramente sinceras.

Mas, mais importante, fico à espera que a alegria da Presidente da Assembleia da República possa um dia ser traduzida para hindus, judeus, muçulmanos, de outras confissões religiosas, ou ateus, que são tão cidadãos como os cristãos.

Porque nisto da política e da condução dos Negócios do Estado, mais do que o norte-americano "in God we trust", prefiro a advertência portuguesa: "fia-te na Virgem e não corras"...

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