quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Não esquecer e não aprender, eis a questão

A maioria que sustenta o governo que temos é, grosso modo, a mesma que elegeu o Presidente da República.

A legitimidade daqueles dois órgãos decorre de eleições, convocadas por quem de direito nos prazos devidos, e tendo decorrido ordeiramente, tudo no respeito absoluto dos preceitos constitucionais.

A dissolução da Assembleia da República tem precedentes, e inclusive precedentes para governos apoiados por maiorias parlamentares, o que não era o caso do último governo PS.

Sendo o Presidente e o Governo oriundos do largo espaço à direita do PS, não seria adquirido, mas seria provável, um bom entendimento; e esse bom entendimento parece existir.

Os quatro parágrafos acima são maçadoramente pacíficos? São - mas não para toda a gente. Ora vejam:

"O que constato é que este é um governo de iniciativa presidencial e que a crise política foi de iniciativa presidencial", afirma ao i o deputado socialista José Junqueiro.

"O Presidente da República parece um primeiro-ministro em funções", diz o eurodeputado socialista Capoulas Santos, sustentando que, "em sucessivas declarações públicas, o Presidente está a imiscuir-se na esfera do governo."

"O Presidente fez tudo para que o governo mudasse e é um dos principais culpados pela situação do país. Não vai escapar a ser responsabilizado", diz José Lello.

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