segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A mulher de César

O Governo Sócrates habituou-nos a uma permanente barragem de propaganda, manipulações, trapaças sortidas, interferências noutros poderes que não o executivo - the works. Funcionou enquanto durou: foi sempre na crista da onda até que o tapete ficou curto para esconder a maldita realidade.

Os que agora estão têm muito lixo para varrer para o caixote, e o BPN faz parte desse lixo. Conviria porém que no processo se não juntasse, à boleia, mais algum entulho. E é por isso que esta história tem que ser esclarecida.

Sabemos que uma operação - qualquer operação - de privatização será sempre mal vista pela opinião publicada: se forem empresas lucrativas, dir-se-á que se estão a privatizar lucros; e se forem deficitárias e/ou falidas, dir-se-á que a utilidade social do trambolho vai deixar de ser preenchida.

Mas escolhas políticas são escolhas políticas, trapaça é trapaça: se os responsáveis forem suficientemente autistas para ignorarem notícias factuais deste tipo, não as desmentindo cabalmente, comprometem a legitimidade da escolha ideológica com a suspeita da vigarice.

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