sexta-feira, 25 de março de 2011

O Embuste

Não há duvida que Sócrates foi um mau primeiro ministro, mas sempre o considerei e considero uma pessoa inteligente, um politico "profissional", muito hábil e muito experiente.
Sócrates começou o seu percurso na JSD, onde foi um militante activo, vindo a desfiliar-se quando Emídio Guerreiro da ala esquerda do PSD saiu.
Posteriormente filiou-se na JS e mais no PS, onde liderou a Federação Socialista de Castelo Branco.
Nas primeiras eleições que enfrentou enquanto tal, foi plenamente derrotado, julgo que, até o PRD teve mais votos que o PS, mas obstinado como é, aguentou e dez anos depois, Castelo Branco passou a ser o distrito onde o PS é o partido mais votado - julgo que ainda hojé assim é.
Este seu percurso mostra teimosia e obstinação.
Mais tarde foi Secretário de Estado e Ministro tendo chegado ao cargo que agora ocupa de Primeiro Ministro.
Se atentarmos no percurso politico de Sócrates, conseguimos perceber que subiu  a pulso com inteligência e mestria de um politico profissional. Quem não se recorda dos debates entre ele e Santana Lopes que lhe deram notoriedade?
Julgo que foi Proença de Carvalho que disse sobre Sócrates que “não era um improvisador, a cada entrevista e debate aparecia com um dossier onde tinha os assuntos que iam discutir organizados.”. Isto prova que Sócrates não dá “ponto sem nó” e que pensa sempre muito bem antes de agir.
Dai que, tenho quase a certeza que esta queda do Governo é um embuste. Vejamos:
Sócrates sabia que se fosse apresentar o PEC IV directamente à união europeia sem a opinião dos outros partidos, dos parceiros sociais e do Presidente da República iria entrar numa guerra com estes, o que faria com que a oposição não aprovasse o PEC IV.
Depois, sempre tinha o argumento – que agora usa – de que era a única forma de tentar “salvar” o Pais sem a ajuda Externa – mesmo sabendo que esta era inevitável – o que nos leva a mais um argumento – colocar as culpas na oposição pela ajuda externa.
Aliás, a sua estratégia corre-lhe de feição:
1)      Muitos argumentos que sem PEC IV a ajuda externa é inevitável;
2)      2) Fitch e Standard & Poor’s reduziram a notação do País devido à incerteza politica;
3)      E a cereja no topo do bolo: Passos Coelho admite aumentar impostos.

Sócrates vai-se candidatar Às próximas eleições, muita tinta ainda vai correr, provavelmente vai voltar a prometer 150.000 empregos r um complemento de reforma para os pensionistas que vivam abaixo do limiar da pobreza como em 2004.
Vai-se fazer de vitima, culpando a oposição e o PR pelo estado do Pais, vai convencer muitos Portugueses e se Passos Coelho continuar a “dar tiros no pé”, Sócrates pode não ganhar, mas  ficará lá próximo.

Espero que os Portugueses se lembrem de tudo o que prometeu e não cumpriu, de tdas as mentiras que disse, de tudo o que fez, e que precisamos ou precisarmos de ajuda externa, apenas se deve ao governo e ao seu líder.

Espero que não se deixem enganar por mais este "Embuste" de Sócrates.

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