quinta-feira, 31 de março de 2011

Isto não é crime?




Na última campanha do referendo do Aborto, num animado debate no ISPA em que estavam presentes a Dra. Helena Roseta e a Dra. Joana Amaral Dias, perante a discussão do conceito de crime e culpa, etc. etc., resolvi perguntar à mesa do debate, nomeadamente a estas duas distintas representantes do "SIM", se continuavam a considerar que não estávamos perante um crime se o aborto fosse uma prática repetida.


Ou seja, dando um exemplo prático, se em vez de uma decisão triste, penosa e esporádica na vida de uma mulher, este procedimento fosse utilizado como um método contraceptivo mais ou menos difícil...


A resposta começou logo com um excelente argumento, dizendo que eu, como homem, não sabia o que era fazer um aborto, disseram depois que nenhuma mulher faria um aborto como método contraceptivo, que era sempre uma decisão penosa, subsidiária e extrema, porque se tratava do próprio corpo, etc. e tal.


Eu insisti perguntando, ainda assim, e por muito estapafúrdia que fosse a ideia, se, considerando a hipótese (irreal) de isso acontecer, qual seria a opinião das distintas defensoras do "SIM".


Resposta? Zero... nada me disseram sobre o assunto...


No final do debate tentei, pessoalmente e em conversa privada, obter uma resposta por parte dessas mesmas pessoas, mais para satisfação de uma curiosidade académica do que para utilizar como arma de arremesso... Mais uma vez o mesmo argumento, o aborto é muito penoso para as mulheres (disso ninguém tem a menor dúvida), pelo que essa situação não irá acontecer...


Não aconteceu 1 mas 250 vezes!!!


QUID?

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