SENATU
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
MUDÁMOS
Depois de muito tempo no Blogger, fomos aliciados pelos senhores do SAPO e mudámos.
Vamos mudar não só de nome - passamos a SENATUS - como de endereço.
Poderá encontrar-nos AQUI - http://www.senatus.blogs.sapo.pt/
Aguardamos a vossa visita na nossa nova casa
Até já.
O Governo do táxi
João Pinto e Castro sai-se aqui com uma boutade:
"Em Inglaterra, as pessoas mais capazes de governar o país estão infelizmente demasiado ocupadas a conduzir táxis.
Em Portugal, as pessoas mais capazes de conduzir táxis estão infelizmente demasiado ocupadas a governar o país."
Prima facie, é um feliz jogo de palavras. Porém, numa segunda leitura, perguntamo-nos por que razão os motoristas de táxi ingleses são mais competentes que os colegas portugueses para efeitos de governar: serão de esquerda? Ah, deve ser isso.
Isto merece aplausos de pé
O capitalismo financeiro criou a crise que os Estados têm de pagar, impondo políticas de austeridade que os seus cidadãos não vão aceitar indefinidamente. E a austeridade torna impossível o crescimento que resolveria tudo mas está reduzido a uma palavra mágica sem sentido.
A conclusão da história é que a desregulação da economia que começou há três décadas conduziu-nos a um beco sem saída.
Mais uma Pérola do DN
Conseguem descobrir?
Solidariedade inter-geracional.
domingo, 7 de agosto de 2011
A desigualdade perante a Lei
A notícia é curta, demasiado curta - gostava de saber mais.
Mas parece que a prática é generalizada e conhecida. E a solução claramente insuficiente. Porque "informando, sensibilizando, trabalhando na prevenção" só faz sentido se a prevenção incluir uma dimensão criminal.
A mutilação genital feminina é um crime. E se formos pelo caminho da compreensão (tout comprendre c'est tout pardonner) e da tolerância, respeito pelas diferenças culturais e toda a parafernália do multiculturalismo - vamos mal.
O grito do Ipiranga
Fundos para o Norte, Centro e Alentejo gastos em Lisboa
Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo: Logo que o Continente se torne independente da Madeira, convinha pensar em tornar o Norte independente de Lisboa.
Falstaff II
O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, garantiu hoje que o PSD-M será sempre "sá carneirista" e recusou-se a responder a “garotices” quando confrontado com as declarações de Pedro Passos Coelho numa entrevista à SIC.
Alberto João não é conhecido por arrotar e coçar-se em público. Mas devia: se pode exprimir-se com impunidade e sucesso da forma como o faz, porque se contém?
O limpador de janelas
Durante o segundo comício em plena época de férias, em Armação de Pêra, integrado na iniciativa "Portugal não tem solução?", Francisco Louçã referiu que "o Governo está a estudar a ideia para os desempregados terem de vir a trabalhar gratuitamente no sector privado, ou seja, poderem vir a limpar o chão numa empresa".
O Governo estará a estudar, a medida será tomada ou não e, se o for, será assim ou de outra maneira.
Entretanto, Louçã está equivocado: um trabalhador que recebe subsídio de desemprego não está a beneficiar do rendimento dos descontos sobre o salário que efectuou enquanto activo: está a ser pago por impostos que outros trabalhadores suportam - e logo não está a trabalhar, se for obrigado a trabalhar, gratuitamente. Isto porque os descontos, que teoricamente se destinam a assegurar a reforma, a assistência na doença e o subsídio de desemprego - não chegam. E não chegam por causa da evolução demográfica, do crescimento anémico da economia e da componente solidária redistributiva do sistema, que levou a que, por exemplo, fossem concedidos direitos a quem não tinha uma história contributiva.
Podemos pensar o que quisermos sobre o que seja o melhor sistema. Mas não podemos construir raciocínios sobre falsificações da realidade - ela, a realidade, tem uma teimosa mania de ter razão.
Finalmente, Louçã encara com horror a perspectiva de alguém "limpar o chão numa empresa". Não se amofine, excelente Louçã: se o caso fosse consigo estou certo que, dada a sua altura, o poriam antes a limpar as janelas.
Guerra às Limonadas (A ASAE Americana)
ASAE Americana
Neste mapa dos E.U.A. (roubado daqui) as 24 setas vermelhas indicam cidades nas quais as autoridades encerraram bancas de miúdos a vender limonada, de 1990 até agora; as 4 amarelas, cidades onde os miúdos podem operar, com licença das autoridades; e as 2 verdes aquelas onde os miúdos podem montar uma banca de limonadas sem qualquer licença.sábado, 6 de agosto de 2011
PS responsabiliza Governo por mau tempo que se faz sentir no mês de Agosto.

Não sendo verdade, anda lá perto.
O PS tem um papel difícil na oposição. Porque foi Governo e porque assinou o memorando de entendimento. Talvez por isso Seguro e Maria de Belém chamaram si a oposição construtiva, de responsabilidade. Não do “bota abaixo”. Mas a demagogia impera.
Se o Governo anuncia um aumento de 10% do subsídio de desemprego para casais desempregados ou com filhos, o PS recusa que os pobres por serem pobres sejam considerados portugueses de segunda. Se o Governo nomeia um assessor. O PS critica o despesismo.
Não sou Passos Coelho. Daí relembrar o PS que as dificuldades do presente e do futuro explicam-se com os erros do passado.
O PS desconversa. Melhor seria que desconversasse sobre o tempo.
O barulho dos inocentes
João José Cardoso informa aqui que a corrupção nos serviços privados (está a falar de Misericórdias) é mais provável do que nos serviços públicos, porque estes estão submetidos a procedimentos que garantem que os fornecimentos têm a melhor relação qualidade/preço.
João José Cardoso tem um nome retintamente português - mas é selenita.
Eurocepticismo legítimo?
Publico este vídeo para que os meus companheiros do CDS se revejam, mas reservadamente.
Fazer mais com menos dinheiro, excepto no Ministério da Economia
O Público de hoje vem com duas notícias que, por infelicidade de paginação, não foram colocadas lado a lado.
Uma diz-nos que o «ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, nomeou dois assessores com um estatuto remuneratório equiparado a director-geral, estatuto justificado por uma dessas assessoras por se tratar de um «superministério que, além do ministro, tem seis secretarias de Estado».
A outra diz-nos que em resposta ao Comandante metropolitano do Porto da Polícia de Segurança Pública, que alertou «que falta de meios terá influência na actividade policial», o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo sentenciou que «é preciso fazer mais com menos dinheiro».
Ou seja, dois pesos, duas medidas: isto está bonito, está…
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Marcelo na aldeia
Uma pessoa em seu perfeito juízo não lê comentários on-line a artigos de jornal: são normalmente redigidos em vernáculo reles ou Português das Novas Oportunidades, pontapeiam a lógica, o senso comum e a gramática, não acrescentam nada à economia do assunto em discussão e servem de vazadouro a ódiozinhos virulentos e embirrações idiossincráticas.
Nos casos mais sofisticados, em se tratando de análise política, sai um Professor Marcelo de aldeia. Esta variedade saltou agora da caixa de comentários para o artigo de opinião. Ora vejam.
Novas práticas
Governo afasta responsável das Novas Oportunidades
“Cumpri a minha missão. Espero que o Governo arranje alguém que continue à altura”, diz Luís Capucha, que regressará agora ao ISCTE, em Lisboa, onde é professor e investigador na área da sociologia e políticas públicas.
Espero que o Governo não queira encontrar ninguém à altura - o Estado pessoa de bem não manufactura produtos falsificados.
Os abutres
Ainda me vai dar um treco, a concordar com certas pessoas.
Mas concordo. E digo mais: ainda antes do Governo, essa inutilidade loquaz que é o Banco de Portugal não poderá fazer qualquer coisa? É que escabichando nos Estatutos talvez se descubra que tem legitimidade para obrigar os bancos a comportarem-se como pessoas de bem.
