A semana passada o Wall Street Journal publicou um artigo de opinião de Charles Forelle com o título “A Nation of dropouts shakes Europe” – Um país de desistentes agita a Europa.
O autor deste artigo faz um retrato de Portugal começando por dizer que “os currículos são pouco exigentes”, diz ainda que “Portugal deve gerar um crescimento económico suficiente, para a longo prazo, saldar o pagamento das suas grande dívidas, mas a mão de obra não qualificada torna o objectivo difícil.”
Ora, este é de facto um retrato do que os últimos governos fizeram ao nosso país.
Em vez de se apostar em cursos técnicos, apostou-se em abrir faculdades para que os licenciados aumentassem, optou-se por não exigir nada de quem estuda, que pode ir passando livremente de ano, apesar de não ter aproveitamento para tal; optou-se por proteger demais quem “estuda” – ou melhor frequenta a escola – tirando poderes aos professores, quem não se lembra do caso do telemóvel em que contra a Professora foi intentado um processo disciplinar?
Portugal deveria ter apostado em cursos técnicos exigentes que formassem mão de obra qualificada, que pudesse lutar contra os países do leste que têm neste momento mão de obra mais qualificada e mais barata que Portugal, fazendo com que o nosso País perdesse as industrias para aqueles.
É inegável que a capacidade de crescimento de Portugal é fraca.
Esperemos que ainda haja tempo, ainda, para mudar, será necessário uma reforma profunda do sistema educativo.
Haja Coragem para tal!
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