Quiseram as circunstâncias da crise política que a cerimónia do 25 de Abril (a "lenga-lenga" parlamentar, como lhe chamou António Barreto) tivesse lugar, este ano, em Belém e não em São Bento.
Na cerimónia a mensagem política dos três antigos chefes de Estado e do actual Presidente da República convergiu: Portugal precisa de uma campanha eleitoral realista e de uma maioria parlamentar e social pós-eleitoral, ou seja, de um governo que tenha suporte numa ampla maioria parlamentar.
Não tenho dúvida alguma do interesse dos partidos do arco da governabilidade em integrarem um futuro governo. O objectivo de constituição da ampla maioria parlamentar pós-eleitoral parece-me, pois, assegurado.
Mais dúvidas me oferece saber se os diferentes protagonistas políticos apresentarão discursos e propostas inteiramente sérias. No início de Maio devem ser conhecidas as medidas do FMI. Por esta altura estaremos cá para conferir quem cede à demagogia.
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