"Os ricos que paguem a crise" - já não me lembro quando foi o bordão cunhado, mas foi há muito mais tempo do que o nascimento desta em que estamos atolados.
Uma das razões porque os ricos só moderadamente pagam crises está cabalmente explicada aqui.
Podemos evitar a evasão fiscal recriando controlos de fluxos de capitais (maxime, nacionalizando os bancos), submetendo as empresas que têm transacções com o exterior a controles muito mais apertados do que os que existem, taxando os ganhos de capital severamente, aumentando a progressividade fiscal ... o catálogo é extenso, quem quiser catar a longa lista de medidas só tem que escabichar os textos da Esquerda indígena.
No fim, ninguém investirá um cêntimo, mesmo que o tenha, porque as pessoas esforçam-se a criar riqueza para si mesmas, não para a verem confiscada por um comissário arrogante, desconfiado e prepotente.
Se ninguém investe um cêntimo, resta o Estado para investir. Mas o Estado não somos nós, são as pessoas que em nosso nome decidem; e essas, infelizmente, só por milagre terão o discernimento que assiste a quem, investindo por conta própria e correndo os riscos inerentes, o faz com acerto.
Truísmos e banalidades? Decerto - mas o óbvio é sempre o mais difícil de ver.
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