quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A engenharia das cidades fortemente despoluídas

Governo quer taxar entradas de carros nas grandes cidades

No tempo do feudalismo, onde o houve e mesmo onde não o houve, era frequente o senhor da terra onde ficava a ponte, ou o porto, cobrar pela passagem ou utilização. Era uma gente pouco sofisticada e por isso a taxa era devida porque sim.

Agora não: a taxa é devida não para aumentar a receita e a interferência do Estado na vida dos cidadãos mas por razões nobres: diminuir a poluição e a importação de combustível, melhorar a qualidade de vida dos residentes, fomentar o uso de transportes colectivos e alternativos (a bicicleta, a trotineta, o carrinho eléctrico), beneficiar a saúde dos pedestres forçados - a lista é infinita.

A medida usa-se em 40 cidades europeias (incluindo Londres e Estocolmo, ai quanta civilização!) e o que é europeu é bom.

Falta fazer um "estudo". Mas isso faz-se, como se fez para o TGV - o que não falta é gente para fazer estudos.

Seja. Venha de lá a taxa - assim com'ássim...

Mas, se não for pedir demasiado, indiquem por favor qual é a despesa pública que vai ser diminuída no mesmo montante da receita prevista. Não sei se estão lembrados, aquela coisa de diminuir a despesa de que se falava aqui há uns tempos - creio que durante a campanha eleitoral.

Sem comentários:

Enviar um comentário